Postado em 06/08/2021
Com início em 1896, em Atenas, a Olimpíada Moderna cresceu até um ponto em que se transformou no maior evento do mundo, em termos de esportes, e é o único capaz de reunir delegações de mais de 200 países.
Entre histórias de superações, medalhas e derrotas, existe algo que tira o sono de qualquer atleta que disputa os jogos: as lesões. Isso porque, por conta delas, muitos competidores não avançam nas competições.
Mas você sabe quais são as principais lesões sofridas pelos atletas das Olimpíadas? Vamos descobrir!
Principais lesões sofridas pelos atletas das Olimpíadas
Só na penúltima Olimpíada, ocorrida no Rio de Janeiro em 2016, cerca de 10% dos esportistas que participaram dos jogos sofreram algum tipo de lesão, sendo obrigados a abandonar a competição.
De acordo com publicação da revista Radiology, em 2016, houve 1.101 lesões, contabilizando lesões musculares e ósseas, observadas entre os 11,2 mil atletas de 206 delegações que participaram nos jogos.
Além disso, a pesquisa mostra que os esportes que mais ocasionaram lesões musculares foram: atletismo, futebol e levantamento de peso.
Quanto às fraturas, foram mais comuns no atletismo, no hóquei sobre a grama e no ciclismo.
Já os chamados ferimentos por estresse, apareceram mais no atletismo, no vôlei, na ginástica artística e na esgrima.
“As atletas brasileiras Flávia Saraiva, da Ginástica Artística (GA), e Pâmela Rosa, do Skate Street, sofreram esta lesão na Olimpíada de Tóquio. A entorse de tornozelo acomete cerca de 10% a 30% dos atletas e, nas modalidades de GA e skate, é a número um no ranque das lesões musculoesquelética”, comenta a professora doutora Katia Brandina, coordenadora do curso de pós-graduação em Lesões e Doenças Musculoesqueléticas: Prevenção e Condicionamento Físico.
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E nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020?
Lesões no ombro, no joelho, no tendão calcâneo, são várias as possibilidades de ferimento em uma competição olímpica. Porém, em todos os outros anos e em Tóquio 2020, a entorse no tornozelo já acometeu diversos atletas.
“A entorse por inversão de tornozelo é uma lesão que afeta principalmente os ligamentos laterais do tornozelo. Ao apoiar o pé no solo, concentrando o peso do corpo na região lateral do pé, o atleta gera uma força de tração intensa nos ligamentos laterais de tornozelo, que podem romper. Este risco é ainda mais expressivo na finalização de saltos”, diz a professora Katia.
Nesta Olimpíada, por exemplo, a jogadora Macris, levantadora da seleção feminina de vôlei, sofreu uma entorse no tornozelo direito no terceiro set do confronto com o Japão.
A skatista Pâmela Rosa, campeã mundial em 2019, compartilhou uma foto em suas redes sociais mostrando seu tornozelo inchado e roxo.
Outra atleta que sofreu uma lesão no tornozelo foi a ginasta Flávia Saraiva, que, durante seu solo, acabou machucando o tornozelo, que já a incomodava há algumas semanas.
“Esta lesão prejudica muito as funções de controle de impacto e de propulsão do atleta lesionado, porque os músculos em torno do tornozelo, com os ligamentos lesionados, são mais usados para controlar o equilíbrio, afetando o rendimento do atleta”, destaca a professora Brandina.
Ainda nesta edição dos Jogos Olímpicos, outros atletas já sofreram com outros tipos de lesões, por exemplo, Maria Suelen Altheman, com a contusão grave no joelho; lesão grave na clavícula da japonesa Sae Hatakeyama; e muitas outras.
Para a prevenção dessas lesões, é essencial que os profissionais envolvidos no treinamento dos atletas tenham conhecimento na especialidade de Lesões e Doenças Musculoesqueléticas: Prevenção e Condicionamento Físico. E, para o processo de recuperação de todos esses atletas, a fisioterapia é essencial, com o acompanhamento constante de profissionais fisioterapeutas especializados.