Postado em 28/02/2020
Envelhecer com saúde é uma aspiração de boa parte da terceira idade mundial. No entanto, o processo de perda das habilidades físicas pode ser mais difícil quando não se tomam as devidas providências que atenuam e previnem os sintomas das doenças oportunistas da terceira idade.
Por esse motivo, este texto irá orientar você, profissional de Educação Física, para que possa entender como funciona o processo da chegada à terceira idade e como o treinamento de força pode auxiliar nesse período.
O processo de envelhecimento
O processo de envelhecimento é contínuo em todos os seus aspectos, com maior ênfase nos quesitos fisiológicos. Para retardar esse processo, é recomendado que o indivíduo tenha uma vida ativa e saudável.
A população brasileira manteve a tendência de envelhecimento dos últimos anos e ganhou 4,8 milhões de idosos desde 2012, superando a marca dos 30,2 milhões em 2017, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – Características dos Moradores e Domicílios, divulgada pelo IBGE.
Em 2012, a população com 60 anos ou mais era de 25,4 milhões de pessoas. Os 4,8 milhões de novos idosos em cinco anos correspondem a um crescimento de 18% desse grupo etário, que tem se tornado cada vez mais representativo no Brasil. As mulheres são maioria expressiva nesse grupo, com 16,9 milhões (56% dos idosos), enquanto os homens idosos são 13,3 milhões (44% do grupo).
Entre 2012 e 2017, a quantidade de idosos cresceu em todas as unidades da Federação, sendo os estados com maior proporção de idosos o Rio de Janeiro e o Rio Grande do Sul, ambos com 18,6% de suas populações dentro do grupo de 60 anos ou mais. O Amapá, por sua vez, é o estado com menor percentual de idosos, apenas 7,2% da população.
Dessa forma, como no Brasil e no mundo há uma população cada vez maior da terceira idade, existe uma demanda crescente nesse segmento para que algumas estratégias preventivas sejam tomadas para aumentar – e melhorar – ainda mais a qualidade de vida dessas pessoas.
Atividades físicas na terceira idade
A atividade física bem feita é necessária para manter os níveis de gordura corporal e força muscular, resguardando a integridade do corpo do idoso, auxiliando também nas atividades comuns e diárias, como amarrar o sapato, levantar da cama, tomar banho e se alimentar sozinho, por exemplo.
Assim, o programa de treinamento precisa ser precedido de uma boa avaliação da composição corporal, que vai ajudar no direcionamento de programas de emagrecimento e/ou manutenção da massa corporal.
O treinamento de força na terceira idade
Já foram desenvolvidos no meio acadêmico muitos artigos sobre as vantagens do treinamento de força e do treinamento funcional no envelhecimento. Chegou-se à conclusão de que o principal dano para o idoso é no sistema neuromotor, pois a perda neuromotora vem associada a uma diminuição das fibras musculares, daí a importância do treinamento para compensar a perda.
Em um estudo realizado na Universidade de São Paulo, verificou-se que idosos sedentários submetidos a exercício físico tiveram como consequência uma melhora na função cognitiva e física, em comparação com um grupo controle.
A importância do profissional de Educação Física
Para realizar o treinamento de força e o treinamento funcional na terceira idade, é importante a presença de um profissional de Educação física, para que este possa indicar os melhores exercícios sem prejudicar a saúde do idoso.
Realizar uma avaliação física será de grande valia para que você possa identificar possíveis problemas, como os de locomoção, e assim planejar exercícios que irão auxiliar para essa melhora.
Portanto, o profissional de Educação Física é de grande importância para que os exercícios na terceira idade possam realmente ajudar o indivíduo nessa fase.
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