Postado em 24/05/2018
A temática obesidade na infância e adolescência é um tema amplamente discutido no mundo devido a importância que esse ciclo de vida possui para o futuro, desta forma pesquisa cientificas buscaram explicações que pudesse auxiliar no entendimento dos profissionais sobre esse contexto.
Em pesquisa realizada por alunos da Universidade do Porto é possível extrair dados importantes e que irão auxiliar na reflexão da temática. Este estudo relaciona atividade física (AF), aptidão física (AptF), maturação biológica e “status” socioeconômico (ESE) com as prevalências de risco ponderal de adolescentes. Foi desenvolvido no Conselho de Santo Tirso, região norte de Portugal e amostrou 961 alunos (463 meninos e 498 meninas) com idades variando entre os 11 e os 18 anos.
O índice de massa corporal foi utilizado para estabelecer o “status” ponderal com base nos pontos de corte propostos por COLE et al. A AF foi avaliada através do questionário de Baecke e a AptF com quatro testes da bateria Fitnessgram. O ESE foi estimado a partir do acesso aos escalões atribuídos pela Ação Social Escolar e a maturação biológica a partir do “offset” maturacional. A análise estatística foi efetuada nos “softwares” Pepi versão 4.0 e SPSS 18.0.
O nível de significância foi mantido em 5%. Seis por cento dos alunos eram obesos e 19,5% tinham sobrepeso; meninos e meninas têm prevalências semelhantes de sobrepeso e obesidade. Os níveis médios de AF foram baixos a moderados independentemente do sexo ou “status” ponderal.
Os meninos eram mais ativos que as meninas (p < 0,001), mas não se registraram diferenças significativas entre os alunos com obesidade e sobrepeso e os normoponderais. Na AptF, um número superior a 50%, foi considerado inapto, i.e, não obtiveram taxas de sucesso em todos os testes. Os alunos com sobrepeso e obesidade foram mais inaptos.
Alunos com “offset” maturacional mais avançado e os mais novos tinham mais chances de ter sobrepeso e obesidade, mas não houve relação significativa entre o ESE e o “status” ponderal. Concluímos que os jovens Tirsenses apresentam prevalências de obesidade e sobrepeso elevadas, são relativamente pouco ativos e, em grande medida, fisicamente inaptos.
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