Postado em 16/03/2020
O melão, kiwi e o pêssego são os alimentos de origem vegetal que causam mais alergia nas crianças. No geral, 10% das crianças pequenas sofrem alguma reação alérgica ao consumir essas frutas, de acordo com dados da Sociedad Española de Alergología e Inmunología Clínica (SEIC). Normalmente as pessoas costumam ser alérgicas a acerola, limão, laranja e outras frutas cítricas. Morango, pera, nectarina, maçã, banana ou abacaxi podem, também, ser responsáveis por alergias infantis.
Crianças alérgicas a determinados alimentos
Segundo a Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia (ASBAI), estima-se que as reações alimentares de causas alérgicas verdadeiras atingem de 6 a 8% das crianças menores de 3 anos de idade e de 2 a 3% dos adultos.
Os especialistas asseguram que a alergia aos alimentos é a causa mais frequente de assistência por anafilaxia nos prontos-socorros dos hospitais. Além do mais, provoca uma diminuição da qualidade de vida do paciente e um aumento dos gastos com a saúde, e também ocasiona a ausência do trabalho e da escola.
A alergia alimentar está interligada à sensibilização a certos polens, já que compartilham de alergênicos comuns. É o que se denomina de reação cruzada. Seis de cada dez alérgicos ao pólen podem apresentar sintomas secundários após a ingestão de alimentos associados.
As pessoas que sofrem de alergia a alimentos de origem vegetal podem ter uma síndrome de alergia oral, com inchaço dos lábios e coceira na garganta e ouvidos, ainda que em alguns casos possam terminar em um choque anafilático.
Durante muitos anos, o único tratamento da alergia alimentar baseava-se em evitar o alimento que causava a reação alérgica. Nos dias atuais, é possível prevenir a alergia através de novos tratamentos realizados em alguns hospitais, que consistem em oferecer à criança pequenas doses do alérgeno em questão, nesse caso do alimento que causa a alergia, para que seu organismo vá se tornando tolerante a ele.
Esse tipo de tratamento está alcançando resultados positivos em 90% dos casos das crianças tratadas. Sua aplicação é personalizada e deve ser realizada por uma equipe de profissionais especializados da área da saúde.