Postado em 11/02/2021
Recusa alimentar em crianças: o que é e como identificar
A recusa alimentar é uma das temáticas que mais deixa mães e pais preocupados, apesar de ser uma fase normal e fazer parte do processo de desenvolvimento da autonomia. Quer saber mais sobre a recusa alimentar infantil?
Um dos principais motivos que leva os pais a procurarem um consultório de nutrição materno-infantil é a recusa alimentar. Preocupados com possíveis consequências no crescimento e desenvolvimento das crianças, e ao esgotarem todas as tentativas de fazer a criança comer, os pais buscam profissionais de nutrição para encontrar estratégias e ferramentas que possam solucionar esse problema.
Contudo, existem algumas medidas que podem ajudar os familiares a colaborar com o desenvolvimento de uma boa relação com as comidas de uma criança.
O que fazer nos primeiros sinais de recusa alimentar
• Varie o cardápio.
• Chame a criança para participar do preparo dos alimentos.
• Continue a oferecer a comida do dia a dia, acrescido de alimentos novos;
• Ignore os momentos de birra.
• Não use expressões que podem desencorajar a criança.
• Peça ajuda a um nutricionista profissional, que vai te direcionar a melhor maneira de lidar com essa fase.
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Como identificar a recusa alimentar infantil?
Para que os nutricionistas possam ser efetivos no tratamento da recusa alimentar, é necessário entender qual tipo de recusa a criança está manifestando. Em geral, quatro tipos específicos se destacam:
• Indisciplina alimentar: caracterizada pela falta de horário fixo para as refeições, em que a criança não tem uma rotina bem estabelecida e as refeições são frequentemente substituídas por lanches e petiscos ao longo do dia.
• Seletividade alimentar: nesses casos a criança pode se recusar a comer legumes, verduras, frutas e/ou carnes. Nesses casos, a criança só consome um número limitado de alimentos da sua preferência, que sempre são do mesmo tipo ou consistência, e, em alguns casos, até experimenta novos alimentos, mas se recusa a incorporá-los na sua rotina alimentar.
• Preferência por alimentos líquidos, pastosos e lácteos: existem também os casos em que as crianças se recusam a comer alimentos sólidos, preferindo os líquidos, pastosos e lácteos. É o caso daquelas crianças que, muitas das vezes, substituem o prato de comida pela mamadeira de leite; daquelas que, por algum evento de engasgo ou vômito, têm medo de ingerir alimentos sólidos; ou porque a criança prefere alimentos que tenham uma consistência macia, que não exija a mastigação.
• Neofobia alimentar: nesse caso, a criança se recusa a experimentar alimentos que ela ainda não conhece. Essa queixa leva a uma dieta restrita, monótona e deficiente em nutrientes.
Contudo, é importante identificar o tipo de recusa que a criança está apresentando, para que o tratamento seja efetivo, uma vez que cada tipo de recusa precisa de uma atenção especial e de um tratamento diferenciado. Vale lembrar que crianças não devem ser tratadas como “adultos em miniatura”. Isso significa que a dinâmica do consultório deve ser diferenciada e com a devida estrutura para que a criança entenda o propósito do seu tratamento.