Postado em 11/05/2017
Segundo artigo do professor Flávio Rebustini no Portal da Educação Física, houve um estudo de Vitali e colaboradores (2015) sobre abandono esportivo, em que os autores apontam três grandes conjuntos de fatores para que as pessoas deixem de lado a prática esportiva:
a) a) A exaustão emocional e física pelos treinamentos e competições intensas; b) Redução do senso de engajamento, com os atletas sentido-se incapazes de atingir seus objetivos pessoais e desempenhos abaixo das expectativas; c) Desvalorização do esporte, referindo-se à perda do interesse, da atitude ou ressentimento em relação ao ambiente esportivo.
No texto, o professor
salienta que é possível identificar uma forte ligação entre aspectos
psicossociais no abandono esportivo. Este fato exige que os professores,
treinadores e instrutores mantenham foco nesses aspectos e busquem formação e
conhecimento acerca deles.
O artigo menciona, ainda, outro
estudo (DIAS et. al., 2014) que buscava exatamente o sentido contrário,
compreender o que promovia o engajamento dos jovens na prática esportiva. Deste
modo, detectou-se que a motivação intrínseca, a autodeterminação, a competência
percebida e a crença de que a competência esportiva não é específica são
fundamentais para a prática esportiva em jovens.
Em seu conteúdo, Rebustini destaca que, mesmo quando é
alterado o contexto ou o ambiente, os motivos básicos de aderência e abandono
não irão diferenciar muito. O artigo diz que o questionamento nesse caso
centra-se no fato de estarmos ou não preparados para lidar com um sistema
interdisciplinar. A especialização
estrita não parece ser uma boa ferramenta em sistemas em que há um número
significativo de variáveis psicossociais, já que muitas delas são subjetivas e
devem ser estudadas e compreendidas nos diversos contextos.
Flávio Rebustini é Doutor pela UNESP/Rio Claro. Membro do
LEPESPE ? Laboratório de Estudos e Pesquisas em Psicologia do Esporte/UNESP-RIO
CLARO.