Postado em 03/02/2021
A enfermagem do futuro já chegou! Mas é necessário que os profissionais se capacitem para atender a demandas diferentes daquelas vividas antigamente, nas quais era preciso apenas “cuidar” do paciente.
A tecnologia se reinventou substancialmente, trazendo possibilidades de cura para doenças graves ou controlando enfermidades que eram consideradas sentenças de morte para os indivíduos.
Conhecer essas adversidades do cotidiano, compreender o mecanismo de alguns equipamentos e acompanhar a evolução clínica do paciente são fatores modificados ao longo do tempo. Por isso, é essencial acompanhar tal processo. Quer saber como se adaptar à enfermagem do futuro? Então, não deixe de continuar a leitura do nosso post!
Panorama do cenário atual
Atualmente, é fundamental que o enfermeiro entenda que o paciente usa os buscadores da internet para “estudar” sobre seu diagnóstico, quer postar diversos conteúdos no ambiente online e pode estar muito impaciente.
A carreira de enfermagem é uma das mais completas e integrativas na área da Saúde. Isso, porque ela inclui profissionais em praticamente todos os ambientes clínicos, nas atividades primárias, secundárias e terciárias.
Assim, o enfermeiro pode atuar na prevenção de agravo, na promoção da saúde e na redução de sequelas das enfermidades clínicas já instaladas, relacionando os cuidados com o conforto e a qualidade de vida do doente.
Por esse motivo, os profissionais captam uma diversidade de pacientes, desde os mais exigentes até aqueles apáticos, vítimas de violência, com significativos problemas sociais e/ou econômicos.
Soma-se a isso a inovação da ciência, que aumentou a expectativa de vida dos pacientes crônicos, possibilitou a reabilitação de alguns indivíduos e formalizou estratégias terapêuticas mais efetivas.
Essa evolução ocorreu ao longo dos anos, e são esperadas mais mudanças. Porém, muitos profissionais ainda não se adaptaram a ela, alegando que a experiência que já têm é superior aos novos saberes.
Uso da tecnologia nos processos de saúde
O advento da tecnologia, aliado ao melhor conhecimento do processo de saúde e doença, aumentou o leque de atuação do enfermeiro. Isso ocorre porque algumas atividades que antes não existiam são bastante requisitadas hoje.
Nesse contexto, ganham destaque os equipamentos com maiores sensibilidade e especificidade. Tais itens garantem o diagnóstico de doenças em estágios iniciais, processos que são idealizados com o uso da telemedicina e exames laboratoriais mais completos, entre outras possibilidades.
Além disso, com a tecnologia wearable device, muitos parâmetros biológicos são monitorados em tempo real. Como resultado, são obtidas informações relevantes para a tomada de decisão do enfermeiro diante de um problema.
Também é possível analisar a atuação do enfermeiro nos cuidados com os pacientes geriátricos, tanto no ambiente hospitalar quanto no homecare. As jornadas de trabalho são diferenciadas, em virtude das novas opções terapêuticas que garantem sua sobrevivência.
Novas formas de organização do trabalho da enfermagem
Nesse panorama, é possível traçar duas formas de organização do trabalho da enfermagem. Um é bastante específico, e o outro enfatiza a equipe clínica multidisciplinar no cuidado com o paciente.
A primeira delas é a especialização do profissional para atender a públicos ou a condições específicas, como idosos, crianças, adultos acamados ou pacientes com deficiência intelectual, entre tantos outros.
As condições que requerem a atuação de um enfermeiro especialista são de pacientes com ostomias, em terapia intensiva, nos ambulatórios de oncologia ou hemodiálise etc. Nesse sentido, é fundamental conhecer a condição patológica, o histórico do paciente e os sintomas mais desconfortáveis. Fazer o registro completo dessas informações facilita, inclusive, as auditorias.
A efetivação de uma equipe multidisciplinar em saúde é uma ferramenta interessante em todos os ambientes clínicos. A passagem de plantão com profissionais de diversas categorias, para que decidam em conjunto as intervenções do paciente, já é uma realidade nos hospitais de ponta.
No entanto, ainda há resistência advinda de outros profissionais. Eles se justificam com a falta de tempo e a logística, fatores que podem ser contornados, tendo em vista os benefícios gerados.
Novas especialidades da enfermagem do futuro
Além das áreas tradicionais de atuação, existem outras, que estão se desenvolvendo rapidamente ou ressurgindo com os estudantes ávidos pelas tendências no cuidado com o paciente.
Nesse sentido, relata-se a atribuição do enfermeiro no esporte, na medicina do trabalho e na gestão de projetos acadêmicos ou na pesquisa clínica.
A atuação do profissional na ciência desportiva se dá pelo diagnóstico de lesões medulares e de disfunção sexual ou alimentar, além da orientação sobre esses problemas.
O enfermeiro que vai atuar com pesquisas clínicas será responsável por colaborar, aliado ao pesquisador principal, com a condução do projeto patrocinado pelo laboratório fabricante. Para tanto, é preciso sempre atentar às boas práticas.
Já o enfermeiro do trabalho será responsável por auxiliar o médico a determinar as condições insalubres que afetam o ambiente laboral. Juntos, os profissionais devem tomar medidas preventivas ou corretivas para tais situações.
Em cada uma dessas atividades, serão exigidos:
conhecimento atualizado;
capacidade de lidar sob pressão;
domínio da legislação pertinente;
acompanhamento da evolução clínica do paciente.
Entretanto, ainda há espaço para aqueles que desejam se dedicar aos centros de terapia intensiva, aos serviços de neonatologia ou aos ambulatórios de psiquiatria e de oncologia pediátrica, além da formalização do Núcleo de Segurança do Paciente.
Importância da qualificação dos profissionais no mercado
Um enfermeiro de sucesso deve ir além das exigências básicas e dos conhecimentos técnicos gerais ou específicos, aperfeiçoando-se nas competências sociais, gerenciais, financeiras e humanas.
É aconselhável atualizar-se quanto aos propósitos do atendimento humanizado, capacitar-se como liderança perante os técnicos de enfermagem e conseguir solucionar conflitos com os demais colegas clínicos.
Também é imprescindível compreender a visão e a missão do estabelecimento clínico, além de se aperfeiçoar em uma língua estrangeira, a fim de se qualificar de forma adequada às tendências do mercado.
O enfermeiro deve, ainda, estar atento às questões sociais inerentes aos processos de cuidados e apto a organizar rotinas ou a levantar indicadores que sejam efetivos para essas atividades.
Ressalta-se que mesmo os profissionais concursados precisam se atualizar, pois as necessidades clínicas provenientes dos pacientes representam desafios constantes.
A enfermagem do futuro deve ser idealizada com base nos seguintes pontos:
evolução científica que se reverte à assistência;
desenvolvimento de especialidades quando o mercado exigir;
aprimoramento das competências sociais, humanísticas e gerenciais;
domínio dos recursos tecnológicos relacionados ao diagnóstico e ao acompanhamento do paciente.
Portanto, se você não quer ficar para trás no mercado de saúde, conheça os cursos de pós-graduação em Enfermagem oferecidos pela FMU.