Postado em 23/11/2018
Vivemos em um mundo de pessoas perdidas, perdidas de si mesmas, não porque tenham se perdido, mas porque nunca se acharam. Felizmente, já tem pessoas preocupadas com os direitos das crianças, mas continuam sendo desrespeitadas na sua condição de seres humanos em desenvolvimento.
Brincar é uma atividade voluntária e muito prazerosa, acessível a todo o ser humano, de qualquer idade, classe social ou condição econômica. Então, brincando a criança desenvolve suas potencialidades; aprende fazendo, sem medo de errar; desenvolve a sociabilidade; nutre a sua vida interior, se relacionando com o mundo e através do mundo mágico do faz de conta, exploram seus próprios limites.
Nem tudo é perfeito. Existem crianças que ainda são podadas de brincar por que: precisam estudar e conseguir notas altas, são tratadas como adultos; não tem com o que brincar; não podem atrapalhar os adultos, os quais cada vez mais preocupados com seus afazeres e sem perceber questionam a postura de uma criança ao dizer: - Brinca direita, menina? Será que estão preocupados com seus próprios interesses ou realmente não entendem a necessidade do brincar.
Gerações passadas brincava-se com piões e bolinhas de gude no meio da rua, num tempo em que a cidade era menor e menos perigosa, hoje a garotada se diverte com outros passatempos, alguns virtuais e outros bem mais industrializados. O desenvolvimento desordenado das grandes cidades vem trazendo problemas terríveis como, por exemplo, a falta de segurança. Se antes a grande maioria dos brinquedos eram improvisados ou produzidos em baixa escala, hoje são mais bem-feitos e atraentes.
Portanto brincar não tem idade e as pessoas estão se esquecendo da importância deste fato. Não há local determinado para se brincar, qualquer espaço físico você pode ter acesso a brincadeira como forma lúdica, individualmente ou em grupos, seja embaixo do chuveiro ou dentro de um shopping; na rua e principalmente na escola. Percebemos que a ausência da maturidade ao brincar também se faz presente na nova geração de professores, os quais irão se formar. Aos novos e veteranos docentes da área da educação, aqui fica a dica. Jamais se esqueçam de brincar. Infelizmente estamos vendo a extinção das atividades lúdicas no âmbito familiar. Compete a nós educadores físicos este resgate.
Prof. Esp. Volney Paulo Guaranha® - Cref: 008838- G/SP