Postado em 27/07/2020
A fisioterapia aquática, como você deve imaginar, é uma atividade terapêutica realizada em piscinas com a temperatura controlada (em geral, a cerca de 35 oC). Ela também é conhecida como “aquaterapia” e “hidroterapia”, e é considerada pelo Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO) como uma especialidade da área.
A sua realização consiste em utilizar as técnicas da fisioterapia adaptadas ao contexto aquático. Dessa maneira, ela tira proveito das propriedades da água em si e da sua temperatura mais alta que a ambiente. Além disso, ela pode ser realizada individualmente ou em pequenos grupos, podendo ser o tratamento principal ou um reforço a este.
Outro ponto positivo é que, além de ser um método realizado em um local relaxante, a fisioterapia aquática pode ser utilizada para prevenção, tratamento e reabilitação. Entenda mais sobre a fisioterapia aquática:
Em quais casos a fitoterapia aquática é indicada?
Como citado acima, essa especialidade é muito versátil. Ela pode ser utilizada para a prevenção, o tratamento e a reabilitação de lesões e situações similares. Além disso, ela pode tratar de casos de patologias ortopédicas, cardiológicas, neurológicas e muitas outras.
Por isso, a fisioterapia aquática é indicada para casos como:
- Lesões e/ou fraquezas musculares;
- Problemas posturais;
- Incapacidade de sobrecarregar membros inferiores;
- Falta de equilíbrio corporal;
- Problemas cardíacos e/ou respiratórios;
- Estados de ansiedade, estresse e depressão.
Ainda, ela pode ser utilizada em crianças, adultos e idosos para tratar patologias como hérnia de disco, AVC, lombalgias, artrose e paralisia cerebral. Como sempre, o tratamento é precedido de uma minuciosa avaliação. A partir daí, torna-se possível entender qual é a melhor abordagem para o caso de cada pessoa.
A fisioterapia aquática também é muito comum, por exemplo, para atletas lesionados, como jogadores de futebol. Como a água diminui a força gravitacional, ela torna-se uma boa opção por não sobrecarregar as articulações tratadas.
Existem contraindicações?
Apesar dos inúmeros casos para os quais a fisioterapia aquática é indicada, também existem algumas situações para as quais ela não é adequada, como:
- Indivíduos com doenças de pele ou intolerância ao cloro;
- Indivíduos com casos de febre, epilepsia ou infecções;
- Pessoas com quadros de hidrofobia (medo de água).
Além disso, casos de incontinência urinária e/ou fecal e de traqueostomia devem receber cuidados e atenção adicionais durante a realização da sessão de fisioterapia aquática. Os limites do aluno, naturalmente, devem ser sempre respeitados.
O que faz da fisioterapia aquática algo tão benéfico? Continue lendo para descobrir.
Afinal, quais são os benefícios da fisioterapia aquática?
Você já percebeu que a fisioterapia aquática é útil para muitos casos e bastante versátil, certo? Mas quais serão os reais benefícios dela? A lista abaixo resume os principais:
- Na água, a força gravitacional é reduzida, impactando menos as articulações.
- Auxilia no relaxamento e na autoconfiança do paciente.
- Melhora o equilíbrio e a capacidade de locomoção.
- Reduz dores e edemas.
- Melhora a circulação sanguínea.
- Aumenta o gasto energético.
- Aumenta a coordenação motora.
Todos esses benefícios são causados pela presença da água e suas propriedades físico-químicas. Além disso, sua temperatura similar à do corpo humano aumenta a amplitude dos movimentos.
Outro ponto relevante é que a fisioterapia aquática pode ser aplicada através de várias técnicas. Leia abaixo quais são as principais e seus objetivos.
Principais técnicas utilizadas
A fisioterapia aquática utiliza-se de diversas técnicas, cada uma com um objetivo específico. Dessa maneira, cada pessoa é atendida da maneira mais adequada às suas necessidades.
As principais técnicas são:
- Watsu: técnica voltada ao alongamento e relaxamento muscular, que conta com sequências de movimentos.
- Water pilates: trata-se da adaptação do pilates clássico à piscina; como o original, trabalha a postura, a força, o equilíbrio e a flexibilidade.
- Halliwick: método mais recreativo, focado na adaptação ao meio aquático e no equilíbrio – é muito utilizado para portadores de necessidades especiais.
- Bad Ragaz: focada no fortalecimento e no relaxamento muscular, e no alongamento da coluna.
- Aquadinamic: técnica similar à meditação, voltada para o relaxamento físico e mental (pode ou não ter fins terapêuticos).
Talvez você esteja se perguntando: e a hidroginástica? Ela não é um tipo de fisioterapia aquática? E a resposta é não! Enquanto a fisioterapia aquática é aplicada por fisioterapeutas, a hidroginástica é conduzida por profissionais de Educação Física. Por isso, ela não se encaixa na especialidade.
Quem pode trabalhar com fisioterapia aquática?
Se você se interessou pela fisioterapia aquática, talvez também esteja pensando se poderia oferecê-la. Contudo, para poder trabalhar com a área, não é apenas preciso ter uma graduação em Fisioterapia: o ideal é ter uma autorização da Associação Brasileira de Fisioterapia Aquática para isso.
É muito importante que o fisioterapeuta tenha uma especialização, para que consiga trabalhar da maneira mais eficiente possível. Além do aperfeiçoamento profissional, isso também passa ao aluno a segurança necessária para seguir o tratamento com confiança e tranquilidade.
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