Postado em 14/02/2019
As aulas de educação física têm grande importância no desenvolvimento do aluno. Além de serem um momento que eles dedicam para se exercitar, as atividades corporais estimulam o trabalho em equipe e ensinam valores como persistência e dedicação. Para que a criança e o adolescente tenham boas experiências nas aulas, planejamento é a palavra essencial no dia a dia do professor.
Para o professor de educação física Alexandre Silva, do Colégio Rio Branco, é importante estar atento para não deixar que a aula se torne apenas um período de diversão: “A aula de Educação Física deve ser dinâmica e atender às expectativas do aluno, mas sempre de acordo com objetivos preestabelecidos. Não pode ser apenas o momento de recreação”, afirma.
Alexandre ainda reforça a necessidade de os professores evitarem o comodismo, e diz que é importante “procurar sempre novas metodologias de ensino, novos jogos, brincadeiras, instrumentos que permitam ao professor diversificar sua prática”. Nesse sentido, é fundamental o professormanter um canal de diálogo com os alunos, embora seja necessário ele tomar cuidado para não ceder às vontades dos estudantes e acabar virando o que Alexandre chama de “professor amigão”.
Como exemplo de método envolvendo a participação dos alunos, o professor Alexandre destaca o chamado planejamento participativo. Essa metodologia, que deve ser aplicada, de preferência, em turmas com faixa etária acima dos 11 anos, consiste em dar espaço para que os alunos possam sugerir atividades com as quais se identifiquem. De acordo com Alexandre, isso faz com que o estudante se envolva mais com a aula, uma vez que ele passa a ser “um elemento construtor, integrante do processo”.
Diante disso, Alexandre lembra que as crianças e os adolescentes mudam ao longo do tempo, e que o educador deve se esforçar para conseguir “falar a língua” das novas gerações: “Se não nos atualizarmos, acabamos sendo meros repetidores da prática constante, ‘pasteurizando’ o ensino, repetindo a mesma prática ao longo de dez anos, mesmo que a criança, de maneira geral, tenha mudado muito seu jeito de ser nesse intervalo de tempo”. E o professor completa: “Acima de tudo, não podemos ser preguiçosos, e temos que estar sempre interessados em aprender mais”.