Postado em 21/08/2020
Quando estamos na graduação, aprendemos que existem diferentes tipos de estímulos que podemos impor a um aluno durante a prática de exercícios, entre eles:
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Estímulos de excitação: aqueles que impactam o sistema, mas não são suficientes para gerar adaptações, levando pouquíssimo tempo para que o corpo retorne à homeostase.
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Estímulos de adaptação: aqueles que são suficientemente fortes para gerar adaptações, ou seja, o corpo levará um certo tempo para se recuperar e estará preparado para sofrer o estímulo novamente sem que gere novos danos.
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Estímulos de exaustão: causam danos severos ao corpo, levando longos períodos para recuperação.
Saber utilizar em harmonia os diferentes estímulos é o que compõe um bom planejamento e periodização do treinamento; contudo, como saber exatamente o que é cada estímulo na hora de passar exercícios para o seu aluno?
Realizar o planejamento correto dos exercícios
Não importa a modalidade que você está pensando, prescrever exercícios sem a correta intensidade e volume pode, em linguagem simples, ocasionar perda de tempo com avaliação cardiorrespiratória e, até mesmo, causar danos ao seu aluno.
Ou seja, estar em casa ou praticando atividades de vida diária pode ser melhor do que ir a uma aula sem planejamento, isso porque cargas de excitação geram estresse no organismo sem, de fato, gerar benefícios, o que pode, ao contrário dos nossos objetivos, prejudicar nosso aluno.
Por sua vez, engajar-se em atividades com intensidade superior à indicada pode significar grande risco de lesões musculares, articulares e, no caso de atividades cardiorrespiratórias como a corrida, até mesmo de morte.
Por isso, saber a exata sobrecarga que seu aluno precisa para o treinamento é o ponto-chave para um trabalho seguro, responsável e que irá entregar os resultados esperados.
Fique atento ao resultado dos seus alunos
Você já parou para pensar que aquele HIIT que não está funcionando mais para o emagrecimento é realizado com intensidade equivocada? Ou aquele aluno que vez ou outra desmaia ou vomita após o treino pode estar submetido a cargas exageradas?
Avaliar seu aluno antes de começar e manter avaliações periódicas é essencial para a manutenção de ganhos e a segurança na prescrição, além de ser uma ferramenta de marketing muito importante.
Nada fideliza mais seus alunos do que mostrar os resultados e, num mundo de acesso fácil às informações, apresentar números baseados em evidências científicas de confiança é essencial.
Os tipos de avaliação cardiorrespiratória
Entre as diferentes formas de realizar avaliações cardiorrespiratórias, existem os testes diretos e os testes indiretos. Entre os testes diretos estão aqueles que necessitam de aparelhos de alto custo – como os analisadores de gases. Nesse tipo de teste, o aluno usa uma máscara que irá captar sua respiração e apresentar valores diretos de consumo de oxigênio em mililitros por quilograma da massa corporal em um minuto.
Além disso, nesse tipo de teste é possível identificar com precisão os limiares ventilatórios, medidas modernas para a prescrição de exercícios aeróbicos, taxa de troca respiratória e consumo de oxigênio máximo ou de pico.
Já os testes indiretos nos oferecem formas de baixo custo para determinar esses mesmos parâmetros. Embora existam erros atribuídos às predições, hoje há protocolos validados de fácil aplicação que podem mudar significativamente a qualidade da sua prescrição de treino, assim como melhorar o rendimento dos seus alunos, entregar maior confiabilidade e segurança ao seu trabalho e, como consequência, maior retenção de clientes.
As avaliações podem ser realizadas em esteira, bicicleta ergométrica, correndo em pista e até mesmo em um trajeto retangular de 5 metros por 5 metros, em espaços fechados para populações especiais. Selecionamos e apresentamos, de forma simples e prática, planilhas para avaliação e apresentação dos resultados dos diferentes testes para Avaliação Cardiorrespiratória.
Uma das maneiras mais atuais e aceitas é a determinação do segundo limiar ventilatório, parâmetro essencial para a prescrição de bons treinamentos de potência aeróbica e dos tão desejados HIITS, que cada vez mais são a escolha quando se busca emagrecimento.
Ou seja, prescrever exercícios com as corretas relações de volume, intensidade, frequência e intervalo é a chave para resultados consistentes.
O processo avaliativo é essencial para a manutenção de cargas dentro de um programa de treinamento e é o que garante que você estará desenvolvendo seu aluno de forma segura e responsável. Além disso, apresentar resultados baseados em uma Avaliação Cardiorrespiratória que foi construída sobre bases de evidências científicas traz maior confiabilidade e solidez para seu trabalho.