Postado em 08/08/2018
Pensar no futuro é algo inerente ao ser humano?
Quando somos crianças, brincar, estudar, conversar, cantar, dançar e viajar são as coisas que nos interessam. Ao entrarmos na vida adulta, passamos a pensar em qual profissão vamos seguir, nas conquistas que temos pela frente, no sucesso em nossa carreira, na constituição de uma família etc.
É fato que cada vez mais a população mundial está envelhecendo e que nem sempre esse processo é sinônimo de felicidade e realização, já que isso depende da capacidade de os indivíduos manterem suas condições funcionais.
Em qual momento, porém, pensamos nas consequências das atividades que praticamos ao longo de toda a vida? Quando refletimos acerca de como elas podem ser prejudiciais no momento em que chegarmos aos 50, 60, 70 ou mais anos de idade?
Um estudo desenvolvido por Rowe e Kahn (1987)1 apresentou o conceito de “envelhecimento bem-sucedido”, termo que foi amplamente debatido pela sociedade em geral e pela gerontologia. Os autores levantaram a discussão entre “envelhecimento normal” e “envelhecimento bem-sucedido”, definindo critérios para a classificação de ambos os tipos de envelhecimento sob diferentes perspectivas (biomédicas, sociais e psicológicas). Tais perspectivas criaram muitas variáveis para a compreensão do envelhecimento.
Atualmente há uma discussão multidimensional acerca do chamado envelhecimento bem-sucedido, contemplando variáveis biomédicas, psicológicas e sociais, e levando em conta questões subjetivas relacionadas à perspectiva do idoso sobre a qualidade de vida (Bowling e Iliffe, 2006).2 Esses mesmos autores criaram a linha mais popular adotada pela comunidade científica sobre esse tema, que inclui três componentes: estar livre de doenças e incapacidades; manter as capacidades físicas e cognitivas; e engajar-se com a vida.
Não há dúvida de que todas essas mudanças são influenciadas positivamente pelos hábitos de vida que o indivíduo adota desde a sua infância até os seus últimos dias, e já é consenso que indivíduos com melhores hábitos têm uma melhor adaptação às mudanças físicas e psicológicas impostas pelo envelhecimento.
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